Voltei meus amores!
Regressei ao mundo dos blogs xD
Hoje deixo vos mais um capitulo que pode ser considerado o primeiro capitulo da segunda serie.
Preciso muito dos vossos comentarios, quero que digam o que estão a achar e se gostam.
(L) u all
“Hayley,
Eu apareci na tua vida para a estragar, desculpa-me, eu nunca devia ter vindo. Nunca vou esquecer, nunca me vou perdoar pelo que fiz.
Mesmo sendo tudo muito estranho, mesmo que tu já me tenhas dito que algo está errado, que nunca achaste o Josh capaz de cometer suicídio, mesmo depois de tudo, eu não consigo ficar nesta casa.
Não consigo olhar para o Zac e ver que ele me odeia pelo que eu fiz, involuntariamente.
Sim, eu matei o Josh. A culpa é minha. Vou ter de viver com isso. Só não consigo mais ficar em Franklin, onde todos me olham de lado.
Foste a única que não me culpou, a única que disse que o que eu fiz não justificava de maneira alguma um suicídio.
Nem eu acredito em ti Hayley. Desculpa. Eu não mereço ser tua irmã. Eu não mereço ter família.
Talvez um dia dê notícias, por agora não me procures. Fica junto do Zac e do Jeremy, fiquem unidos.
Vocês estarão sempre comigo, no coração, amo-vos.
Madie”
Passou uma semana. Naquele fatídico dia 18 de Outubro de 2008, quatro vidas mudaram para sempre.
A Madalena carrega consigo o peso de um assassinato que não cometeu.
A Hayley perdeu as forças e a esperança que tinha, quer ajudar a irmã, não acredita que ela tenha culpa, no entanto nem a própria Madalena acredita nela.
O Zac tinha perdido o seu irmão, odiava a Madalena e culpava-a pelo que tinha acontecido.
O Jeremy perdeu dois amigos, o Josh e Madalena, também a considerava culpada pelo suicídio.
Hayley: A Madie deixou uma carta... Ela foi embora.
Zac: É o mínimo que ela tem de fazer... Ela na verdade mereçe estar na cadeira eléctrica.
Hayley: Zac pára! Odiar a Madie não vai trazer o Josh de volta! Será que não percebes que ela não fez nada de mal. Eles nem sequer se tinham zangado... Eu... eu... não compreendo... aquele bilhete... é tão estranho.
Zac: Se ela tivesse sido sincera com ele nada disto tinha acontecido.
Hayley: Sincera como? Ela não mentiu! Zac PÁRA! EU SEI QUE ESTAS A SOFRER MAS ASSIM SÓ TORNAS AS COISAS PIORES.
A respiração da Hayley foi interrompida por soluços e lágrimas abundantes. Uma dor latejante cobria o seu peito. O Josh... estava morto. Ela sabia que a sua morte não estava bem esclarecida. Aquele suicídio soava-lhe a absurdo.
Sentiu os braços do Zac envolverem-na. As lágrimas dele caiam nas suas costas. Conseguia sentir o seu corpo tremer a cada batida descontrolada.
Zac: Ele... ele não pode estar morto... Não... Ele deixou-me sozinho... Não pode ser...
Hayley. Calma Zac. Tu nunca vais estar sozinho, juntos nós vamos passar por isto.
Zac: Tu deves ser um anjo Hayley.
Hayley: Não sou não. Sou eu, a Hayley. Agora deita-te aqui que eu vou preparar um chocolate quente para nós.
New York – Dezembro de 2008
Aqui estou eu mais uma vez. Quando te abro é como se tudo voltasse à minha mente.
Quando pensei que a minha vida tinha mudado completamente, neste caso para melhor, descobri que nesta merda de vida nada é certo.
Já não sou aquela menina de meses atrás, aquela que não sabia nada da vida na prática. Agora sou a Madie, uma mulher cuja vida não faz sentido algum.
Estraguei a vida das duas pessoas que mais amava, matei o meu namorado e abandonei a minha irmã.
Porque será que a vida é tão injusta? Como é que podem haver ainda pessoas que pensam que está tudo bem... Será que não sabem que a qualquer momento podem perder tudo. Nada é tão fácil como os livros contam, como os filmes mostram, a felicidade não se encontra ao virar da esquina e muito menos se vive feliz para sempre.
Mas agora chega das minhas teorias insuportáveis até para mim mesma.
A minha vida transformou-se muito mais do que eu algum dia pude imaginar. Já não sou a menina Madalena mas também não sou aquela Madie que frequentava festas com os Paramore, que vivia deslumbrada.
Mas não, também não me tornei numa alma caridosa que passa os dias a praticar o bem para se esquecer que provocou a morte de alguém que amava.
Passo muito tempo na rua, é como se à noite eu me transformo noutra pessoa, sim, ainda me consigo transformar mais.
Tenho amigos que vivem nas ruas e passo as noites com eles, já fiz muita coisa que não devia. Não sei, sinto necessidade de me vingar da vida, de libertar toda a raiva que tenho, todo o ódio e revolta.
Mesmo depois de tudo isto, depois de a vida me moldar, eu sei que tenho algo que é só meu, tenho-me. Sei que no fundo de todas estas mascaras, sou apenas a Madalena Williams, tenho 18 anos e quero ser feliz. O problema é que sinto que isso se tornou impossível. Quando olho para o espelho e me vejo sozinha, sem qualquer brilho nos olhos, sinto que estou destinada a morrer só.
Tudo o que queria era voltar para Franklin e abraçar a Hayley, pedir-lhe desculpa, mas não posso, ela não merece este monstro.
Agora vou sair, vaguear pela noite de NY e perder-me em mim própria. Ando, mas não tenho rumo.
Madie